Milena Pena achava que não dera sorte nem no sobrenome que recebeu dos pais. A palavra pena retratava fielmente quem ela era, uma menina muito, mas muito coitadinha. Desde o dia do nascimento, sofreu com tantos cuidados exagerados, flashes, expectativas. Será que a vida seria eternamente tão desastrosa e cheia de perigos? Para evitar problemas, era melhor ficar em casa. Certo dia, Milena resolveu conversar com seu amigo Vinícius Ventura, o menino mais sortudinho entre todos os sortudinhos. Por que ele era, afinal, tão merecedor de coisas boas enquanto ela, coitadinha, não tinha nada de bom? Convencida por ele a viver um dia em sua companhia, Milena brincou, riu, se divertiu. Que estranho! Será que a vida era assim, tão simples? A coitadinha, segundo livro da jornalista e escritora Angélica Lopes pela editora Escrita Fina, explora com delicadeza os conceitos de autoestima infantil e tornase capaz de criar impacto também na vida dos adultos. O texto sincero e bemhumorado, entremeado por ilustrações vivas e alegres, mantém um eco de reflexão mesmo depois de o leitor virar a última página.