O enfrentamento desta tão relevante quanto atual questão tem como ponto de partida e núcleo duro o escorço histórico-evolutivo do Estado Liberal ao Estado Social e de como se dá a gradativa perda de sua pretensa capacidade tutelar, no sentido de cuidar de todos os segmentos ou setores da vida social, optando pela redução de seu tradicional tamanho já que o modelo clássico, em plena erosão, se dá em detrimento da qualidade e eficiência de serviços públicos essenciais e adequados ao trânsito das relações humanas em sociedade. A realidade do esgotamento de investimento em infra-estrutura e da capacidade de implementação das prestações estatais básicas é tratada na dimensão do colapso de um sistema anacrônico e burocratizado, como elo de passagem da função antes monopolizada pelo setor público para o privado, sem descuidar dos postulados de sua gênese referente a certas garantias de defesa do patrimônio público, ainda que pautadas pela meta de se alcançar maior satisfação dos cidadãos. Portanto, é mais um portal que permite a incursão reflexiva sobre assunto de vivo interesse na modernidade, aproximando ou ao menos reduzindo a distância entre o econômico e os direitos sociais, na esteira de se alcançar maior otimização, racionalidade e resolutividade na gestão pública, sem descurar do norte para a qual ela se dirige, qual seja a promoção da dignidade humana.