A expressão "inovação" ganhou notoriedade representando a perplexidade, o embaraço, a ansiedade e a insegurança de uma sociedade planetária que, na busca de sensações que a essas se contrapõem, começou a sentir nas crescentes pressões dos efeitos secundários e terciários de tudo que produziu desordenadamente - altíssima tecnologia com baixíssima freqüência sócio-moral - exatamente, o inverso. Muito embora ela nada mais seja do que a sinonímia do contemporâneo e do inédito, também é verdadeira a conclusão de que nunca se apresentou de forma tão desestabilizadora como o faz agora. Se por um lado a tecnologia de ponta nos embevece a todos, por outro muitas estruturas sócio-organizacionais, incluindo-se aí o próprio Estado, continuam encarceradas em mitologias ultrapassadas e condicionamentos esclerosados, preservando privilégios, frustrando ideais e tornando os profissionais infelizes, uma vez que persistem em tratá-los como simples marionetes dessas tecnoestruturas e compelindo-os, não raras as vezes, ao exercício de movimentos pouco agasalhados pela ética. Ferreira de Araujo, no entanto, alerta para o novo momento: essa desarrumação sócio-tecnológica-moral já começa a levar tradicionais corporações ao ridículo e à impotência. "Empreendedorismo Criativo, a nova dimensão da empregabilidade" é, portanto, leitura mais que recomendada para executivos de todos os níveis que estejam antenados com esse nosso atual momento e, também, para os estudiosos da ciência da administração, ou melhor, para os estudiosos da "ciência da vida".