A educação em Direitos Humanos encontra-se eivada de caracteres ligados à uniformização de preceitos hegemônicos, distantes da realidade de diferentes povos. Trata-se de uma educação pautada em pressupostos homogêneos e normalizadores que retratam as próprias relações da modernidade, que têm como pressuposto uma visão maniqueísta que determina um constante embate, que pode ser representado, nas palavras do i. professor José Luiz Quadros de Magalhães, pela proposição de nós versus eles, no qual o pronome nós representa os povos considerados desenvolvidos (basicamente compostos por países Europeus e Estados Unidos) e eles os países considerados em desenvolvimento, menos civilizados (restante do mundo). O presente trabalho pretende demonstrar que uma educação pautada nos mecanismos de um Estado Nacional não se faz apta a uma verdadeira proteção dos Direitos Humanos, uma vez que vem arraigada de preconcepções que impossibilitam uma interação de igualdade entre as pessoas e apenas fomenta a existência de opressores e oprimidos. Por outro lado, uma educação pautada em preceitos Plurinacionais pretende o respeito ao próximo e às suas diferenças, de forma a garantir a consagração de uma democracia participativa, dialógica e consensual, com o objetivo de se alcançar uma verdadeira cultura de paz e de convivência pacífica. Com o intuito de demonstrar os avanços do novo constitucionalismo Latino-Americano, estudar-se-ão os aspectos da educação em Direitos Humanos pautada