Tomando como ponto de partida o discurso do Grupo Holmes (1986, 1990, 1995) em defesa da profissionalização do ensino e seu postulado da existência de um repertório de conhecimentos para ensinar, os autores se interrogam sobre a proveniência, a natureza e a solidez de um tal repertório.Essa linha de pesquisa, desprezada habitualmente pelos pesquisadores francófonos da educação, trata do ensino e não da aprendizagem. Em vez de analisar ensaios normativos sobre o que deveria se o ensino, os autores optaram por analisar pesquisas empíricas realizadas nas salas de aula e reuniram os resultados em duas categorias: a gestão da classe e a gestão da matéria.Eles compreenderam que o problema da utilização dos resultados da pesquisa era tão importante quanto o da determinação de um repertório de conhecimentos e julgaram necessário situar suas análises num quadro mais amplo, formulando os prolegômenos de uma teoria empírica da pedagogia.