Aqui vêm os dândis. Sempre prontos, com sua ironia, a deslocarem palavras que se cristalizam em clichês. Para eles nada é suficientemente sério - a não ser a própria banalidade. Bem-vindxs a uma estética pela qual poses são mais importantes que gestos, sensações implodem ideias, e máscaras dizem mais do que a realidade. Há dândis de diversas orientações, etnias e gêneros. Artistas e não-artistas. Celebridades antes mesmo da cultura midiática e sobrevivendo dentro dela. Através do dândi, procuramos compreender, em especial, alguns filmes contemporâneos centrados numa estética do artifício, em contraponto a uma tradição ocidental que privilegia a arte como interpretação e documentação da realidade.