O catolicismo no Brasil manifestou, após 1950, uma ruptura de ideias, tanto na sua estrutura interna quanto externa, originando uma segunda vertente: um grupo de clérigos e leigos que, aos poucos, se distanciou da parte conservadora da Igreja Católica. Esse processo, considerado como esquerdização do catolicismo, esteve intimamente ligado à formação dos movimentos de cristãos leigos, que aderiram a posições bem distantes dos dogmas católicos, até então romanizados. Como exemplo do que se afirmou se apresenta o movimento social e semanário Brasil, Urgente, que em sua breve história (1961-1964) definiu um tipo específico de esquerda católica, compreendida, nesta obra, pelo conceito de tentativa de modernidade.