A originalidade desta obra em relação à pesquisa hodierna em curso no âmbito internacional sobre simone weil reside, a meu ver, precisamente no fato de a sua autora ter examinado de modo mais cuidadoso e detalhado no seu livro os seguintes aspectos que constituem as partes nas quais o mesmo se divide: o estatuto do corpo na obra weiliana e a transfiguração que sofre o corpo no processo de trabalho (ambas as análises são feitas no âmbito do capítulo dois); o processo de aprendizagem corporal acerca do qual são estudados pela autora quer o fenômeno propriamente perceptivo (tema do diploma de estudos superiores de simone weil sobre descartes obtido na école normale em 1930 e intitulado science et perception dans descartes), quer o processo de habituação do corpo que ocorre antes dele pôr-se propriamente em trabalho (o que é investigado no terceiro capítulo) e, por fim, a análise do corpo em trabalho (o que é feito no capítulo quarto). [...]