Sabino Cassese discute, nesta obra, a crise do Estado desde o início do século XX. O autor identifica a primeira delas com o surgimento dos sindicatos e grupos industriais que colocaram em cheque a soberania interna do Estado; destaca que a segunda serviu para indicar o crescimento dos poderes públicos internacionais. Na sequência, descreve que na terceira crise, a locução passou a indicar a inadequação dos serviços estatais às expectativas dos indivíduos e da sociedade e na quarta, a crise se referiu a própria palavra Estado, por sua polissemia. Por último, é a redução da atividade estatal, pela atribuição aos particulares de entidades antes pertencentes ao Estado, que impõe uma nova crise. Para Cassese, a crise do Estado envolve a perda da sua unidade, seja no âmbito interno seja no externo.