Cresci ouvindo que as palavras têm peso. Mas hoje tenho certeza que elas têm mesmo essa força, e em todos os cantos só ouço o mais profundo silêncio. Não senti nada naquele momento. Tudo que batia, saía. Esmurrar? Chorar na frente de minha mãe? Nem pensar. Não precisava. “Meu filho...”, ela disse. Minha mãe me abraçou. Aí a dor apareceu. Guardei a foto no meu bolso. Minha mãe se despediu. Disse que me amava e que, quando melhorasse, nossa vida seria como nunca. Ela fez um carinho no meu rosto e foi saindo. __ trecho da peça Barraco de Pedra