As transformações urbanas que a cidade de São Paulo vem sofrendo ao longo dos anos, especialmente a partir da década de 1980, são o tema principal deste livro. Os autores, que pesquisam o tema há vários anos, analisam os dois padrões de ocupação da cidade: um deles denominado modernizado e o outro denominado precário, que são concomitantes temporal e espacialmente. Tais padrões compõem um modelo de organização das atividades e funções urbanas que comporta esses dois aspectos dialeticamente relacionados. Os autores mostram que as contradições urbanas, hoje constitutivas da metrópole paulistana, estão exibindo formas novas de organização, que evidenciam um padrão urbano no qual a precariedade e a modernização surgem de forma imbricada. Superpostos, geram um novo padrão, que os autores classificam de modernização precária.