O livro de Márcia Hespanhol Bernardo é mais uma contribuição efetiva para o desvendamento das formas de envolvimento presentes na fábrica da flexibilidade toyotizada. Embora tenha a aparência menos despótica ou mais 'participativa', a fábrica toyotizada é, de fato, ainda mais envolvente nas suas formas de controlo, subordinação e interiorização dos trabalhadores e das trabalhadoras ao ideário e à lógica patronal, o que nos obriga a descortinar as formas mais complexas e ainda mais profundas dessa dominação.