Buscando na dialogia e na paridade os elementos básicos para a construção de um método próprio de trabalho, um grupo de professoras alfabetizadoras vem investindo coletivamente no trabalho de investigação sobre/na/com a escola. De tudo o que têm aprendido e ensinado no grupo, algumas lições vêm lhes causando estranheza, pois quanto mais sentem que precisam aprendê-las, mais desconfiam de que já as sabiam há muito tempo. Estão aprendendo que todas as pessoas pensamos, elaboramos, produzimos conhecimento. E que às professoras historicamente foi negado o direito de socializar institucionalmente seus saberes práticos. Junto a tudo isso, estão também aprendendo que a discussão coletiva sobre a escola não pode garantir a produção de soluções que resolverão os problemas vistos. Não muito facilmente têm aprendido que a ausência de uma resposta única pode ser um convite ao conhecimento de inúmeras possibilidades.