«Frank O’Connor colocou os Cadernos de Um Caçador (1852) acima de qualquer outra recolha de contos. Um século e meio depois da sua composição, Cadernos de Um Caçador mantém toda a sua novidade, apesar de o tema "de actualidade" que lhe é subjacente, a necessidade de emancipar os servos, se ler desvanecido depois de lodos os desastres cia história russa. Os contos (le Turguénev são de uma beleza estranha e inquietadora, e, no seu conjunto, são a melhor resposta para a pergunta "Porquê ler?" que conheço (sempre exceptuando Shakespeare). Turguénev que amava Shakespeare e Cervantes, dividia os seres humanos (empenhados numa demanda) em Hamlets e Dom Quixotes. Poderia ter acrescentado os Falstaffs e os Sancho Panças, visto que estes formam, com os outros dois, um paradigma quádruplo para tantos outros seres fictícios.»