Manoel de Barros, poeta criador de linguagens e estilos, apresenta a ignorãça como fonte de inspiração e conhecimento.Publicado pela primeira vez em 1993, O livro das ignorãças é um dos mais emblemáticos livros de Manoel de Barros, em que o autor desvenda os caminhos de sua criação poética. Desaprender para retornar ao estado da ignorância, procurando dentro de si a disponibilidade necessária para observar e apreender novamente o mundo, é uma das lições do poeta. Dividido em três partes, O livro das ignorãças rompe com as regras da gramática e da linguagem, inaugurando uma forma sofisticada e singular de fazer poesia. Nas palavras de Valter Hugo Mãe, que assina o prefácio desta edição: “O que [Manoel] propõe foge largamente ao óbvio ou ao expectável, é mais da ordem de uma rebeldia, de uma revolução”.