No ano do centenário de morte de Machado de Assis, chega às livrarias brasileiras uma coletânea de sete textos seus - seis contos e um poema -, versando sobre dois temas universais e demasiadamente humanos: o amor e aquele que é considerado sua sombra, o ciúme. Com seleção textual e apresentação do escritor, professor de literatura e crítico Gustavo Bernardo, Contos de amor e ciúme traz para o público juvenil o melhor da verve e do estilo machadiano, como no clássico conto "A cartomante" e no triste e apaixonado poema "A Carolina", dedicado à sua falecida esposa. Uma bela forma de se familiarizar e despertar nos jovens a paixão pela obra de nosso maior escritor. Afinal, segundo Gustavo Bernardo, "o texto de Machado de Assis não é de modo algum hermético e suas sutilezas irônicas fazem um bom par com a ironia natural dos jovens". Contos de amor e ciume reune seis contos publicados originalmente entre 1864 e 1884, em periodicos como o Jornal das familias, A estacao e a Gazeta de Noticias. Historias famosas do escritor, como A cartomante e To be or not to be , convivem com outras menos conhecidas do publico atual como Frei Simao , O segredo de Augusta , O machete e Curiosidade , alem do delicado poema A Carolina , publicado em 1906, em que Machado faz uma homenagem a sua mulher, morta dois anos antes. Em todos eles, Machado reflete sobre a face oculta do amor por meio de historias muito bem construidas e ricas de multiplos significados. Segundo Gustavo Bernardo, iniciar a leitura de Machado de Assis pelos contos e uma boa forma de se familiarizar com a sua obra e despertar nos jovens a paixao pelo grande escritor. Para ele, o texto de Machado de Assis nao e de modo algum hermetico e suas sutilezas ironicas fazem um bom par com a ironia natural dos jovens . De fato, a ironia esta presente em toda a obra de Machado, e nao poderia ser diferente nos contos que compoem o livro, seja para provocar reflexoes sobre as relacoes humanas ou criticar as instituicoes politicas, sociais e religiosas. Como explica Gustavo Bernardo na apresentacao da obra: O amor, muitas vezes associado ao ciume ou ao medo extremo da traicao, serve tambem de vitrine para o autor expor a sua verve critica e ironica sobre o comportamento da sociedade no fim do seculo XIX.