A modernidade, que foi um projeto de liberdade e autonomia para os indivíduos e de renovação radical para as relações sociais, revelou ter, tal como Jano, muitas faces. Na teoria social que sobre ela refletiu, o entusiasmo foi cedendo espaço á sobriedade e ao ceticismo. As distintas tradições do pensamento social alemão privilegiadamente mostram esse movimento. Os textos reunidos neste volume revisitam autores e escolas daquela tradição. Refletem com eles e a partir deles sobre a cisão entre promessas e realizações, entre esperança e desilusão na modernidade. A reflexão acerca da reificação das relações humanas, a busca de critérios imanentes da crítica e os desafios da epistemologia no conhecimento acerca da vida social compõem o mosaico das preocupações dos autores aqui reunidos. Os trabalhos são fruto de pesquisas em andamento, testemunho da bem-vinda incompletude do conhecimento e da busca do diálogo com aquela tradição acadêmica.