. Fugindo de certo padrão onde a regra é a uniformidade, Ana Paula Pedro produz um texto magro, mais não árido; um canto simples, mas não fácil. Quando evoca "o tempo entrelaçado em estranheza", rompe com a própria temporalidade. Noutros momentos, põe em relevo a insondável essência feminina, onde o equilíbrio se nutre no diálogo de opostos. Deste modo, Ana Paula Pedro nos acrescenta seu rito verbal e nos ensina "a brandura da entrega inteira". Salgado Maranhão.