O fim do século XX e o começo do XXI viram ressurgir os estudos sobre a filosofia de Henri Bergson. Com isso, uma nova geração de filósofos tem se dedicado à releitura de sua obra. Muitas de suas ideias estão presentes no pensamento contemporâneo, em autores centrais para o debate atual, como Gilles Deleuze, cuja obra está repleta de temas caros a Bergson.Neste livro, organizado por Débora Cristina e Silena Torres Marques, o significado desse retorno é analisado tendo em vista a variedade de trabalhos em torno de seus temas. Dessa maneira, "Henri Bergson" é também um convite à leitura desse autor clássico do século XX, que soube como poucos depurar a crosta linguística que há séculos recobre nossa experiência e conferir originalidade a noções como duração, memória, vida, intuição, absoluto, criação e mesmo ao “velho” conceito de metafísica.Bergson nos faz pensar sobre nós mesmos, sobre o que somos: nossa dualidade complexa, nossa relação com um universo criador que nos ultrapassa. Provocando espanto, além de revelar o imediatamente dado, mas não constatado. Assim, este livro convida-nos a uma experiência profunda, original e absoluta. Mas ao mesmo tempo mostra-nos, na existência e no eu, diferentes níveis de profundidade.