Meu nome é Santos, Brás Cubas dos Santos, mas todo mundo sempre me chamou só de Santos ou, depois que passei de uma certa idade, de seu Santos. Nasci no bairro do Macuco no dia 1º de abril de 1900. A parteira, que se chamava das Dores mas não merecia o nome, admirada com a potência do meu choro disse que eu viveria cem anos. Quase acertou. Meu pai não teve a mesma sorte: a febre amarela o levou logo depois que nasci. Tirando isso, tive uma vida parecida com a de todo mundo: algumas vitórias, outras derrotas e uns tantos empates. Se quisesse, poderia contar-lhe a história desse século, mas vou lhe contar só uma historia, a história da minha única e grande paixão.