A canção do vendedor de pipocas reúne a múltipla produção poética de Fabiano Calixto de 1998 a 2012, com poemas retirados dos livros Algum (edição do autor, 1998), Fábrica (Alpharrabio Edições, 2000), Um mundo só para cada par (Alpharrabio Edições, 2001), Música possível (CosacNaify/ 7Letras, 2006) & Sangüínea (Editora 34, 2007). A profusão de sons e tons e a variedade de registros que marcam esses poemas deixam ler nas entrelinhas a crueza da paisagem urbana - ao mesmo tempo em que explodem, em cada esquina, em versos de inesperada ternura, acidez, paixão. De Oratório à Zanga de Exu, passando por Fábrica ou pela série de e-mails a poetas amigos, essa é uma canção que nasce do risco - sua melodia acompanha o leitor pelas ruas, captando a multiplicidade de imagens, ruídos e rostos, celebrando a velocidade e a voracidade, a melancolia e o amor que insiste e resiste - como, em suma, a própria poesia.