Carlos Engemann não apenas pensa as comunidades escravas do Sudeste brasileiro de modo orgânico, potencializando práticas e costumes que mitigavam a dor do cativeiro no qual tinham que aprender a viver, mas também as entende como um dos elementos modeladores da própria vivência escrava. Além disso, desvenda os mecanismos solidários e hierárquicos que compunham a dinâmica da formação de comunidades escravas no Sudeste brasileiro. Nas palavras do autor, os resultados foram deveras interessantes, mostrando que se havia hierarquia que apartava os homens dentro do cativeiro, provocando a violência e a disputa, também havia as solidariedades que apresentavam resultados concretos, gerando melhoria nas condições materiais de vida