A poética castroalvina assenta muito no jogo das antíteses. Há um constante paralelismo de ideias e imagens. Conhecido como o Poeta dos Escravos, ele e sua obra se destacam, não só no Brasil, mas no mundo todo. Castro Alves observa que os escravos tinham uma vida anterior a escravidão. Uma vida cheia de sonhos, planos de um futuro feliz. Alguns eram arrancados de seu conforto, separados de sua família, arrastados sem o menor pudor e tratados como animais. As mulheres, algumas moças, outras mães que amamentavam crianças magras, quase sempre nuas, eram abusadas e espancadas. Fome, doenças, açoites, maus-tratos, superlotações nos porões fedorentos dos navios. Os que morriam no navio eram lançados ao mar. Sem velório, sem enterro, sem ninguém que se importasse... Não havia misericórdia. Esta obra reúne toda a poesia escravista do autor.