Memórias de uma guerra suja revela os bastidores de uma parte do trabalho de destruição da esquerda brasileira durante os anos 70 e início dos 80. É o depoimento, em primeira pessoa, de um ex-delegado do DOPS que foi o principal agente de um grupo de militares fora da cadeia de comando oficial das Forças Armadas. No início, eles foram autorizados pelo Governo Federal a promover a matança e o aniquilamento da esquerda, o que incluía o desaparecimento dos corpos das vítimas. Depois, estes mesmos militares começaram a se rebelar contra o comando oficial. Cláudio Guerra, ex-delegado do DOPS, conta aqui o que viu e o que fez. Seu nome não está em nenhuma das listas de agentes torturadores, feitas pelas organizações de esquerda, porque na verdade ele nunca torturou ninguém: sua missão era matar.