O que faz Simón Bolívar, herói do século XIX continuar presente no embate político latino-americano? Por que na Venezuela ele se tornou o fundamento de uma revolução mesmo passados duzentos anos desde a emancipação? Como o presente constrói suas relações com o passado? Hugo Chávez ouve o revolucionário da independência sul-americana e o reapresenta como novamente vivo para realizar seu projeto de liberdade. Por que esse bolivarianismo de Chávez se projeta para outros países da América Latina, não se restringindo à Venezuela? Para responder a essas perguntas, Alexandre Ganan de Brites Figueiredo se debruça sobre a obra de Simón Bolívar e sobre sua releitura realizada por Hugo Chávez, da qual emerge um Bolívar revolucionário, inspirador das lutas populares e vivo na retomada presente de seu projeto.