O avesso do imaginário explora as relações atuais entre arte e psicanálise. Nascida num ambiente cultural inovador a Viena fin-de-siècle - e concebida por um homem sensível às manifestações da cultura, a psicanálise logo entrou para a circulação sanguínea da arte. Na França, com a barreira inicial nas faculdades de medicina, os livros de Freud foram acolhidos em vários círculos de artistas da vanguarda, especialmente no grupo surrealista, em torno do qual orbitava um jovem Lacan. Desde já uma referência, este livro estabelece um caminho de mão dupla entre dois campos, tomando como fio condutor a desestabilização da noção de sujeito e sua relação com o Outro em várias dimensões da arte contemporânea, através de obras de artistas como Joseph Kosuth, Gary Hill e Louise Bourgeois, além dos brasileiros Lygia Clark, Hélio Oiticica, Milton Machado, Ernesto Neto, Waltercio Caldas e Cildo Meireles.