Em Ressaibo, tomamos contato com uma prosa inquietante, expressão desconcertante da mesquinhez e da vileza dos homens, constantemente envolvidos em jogos de poder que regem suas relações pessoais. Já na primeira página nos deparamos com a descrição de uma figura detestável, cuja desarmonia suscita mais a repulsa do que a compaixão, construção premeditada que transparece a habilidade da autora de transmitir a impressão desejada através de palavras e metáforas exatas. Erika Mattos da Veiga vasculha os mais sórdidos recônditos de seus personagens e expõe seus preconceitos e rancores no labirinto obscuro das relações humanas.