O Acordo Europeu de 9 de dezembro de 2011 introduziu um início de governança comum na Europa, mas permanece preso em uma camisa de força de regras sem qualquer ação real coletiva. Esse acordo não traça o caminho de recuperação da crise através do crescimento, pois a deriva das finanças públicas reflete uma crise mais profunda que se originou nas escolhas feitas durante a criação do euro. Não é possível combater a polarização entre uma economia cada vez mais competitiva de centro industrial e um crédito periferia dopada. A zona do euro permanece atormentada por diferenças políticas sobre a finalidade da integração europeia. O futuro do euro permanece incerto. Partindo de uma análise inflexível sobre os erros que levaram ao pânico atual, Michel Aglietta abre o seguinte debate: como sair desta espiral descendente? Não é possível consolidar dívidas sem criar um futuro comum. A trajetória de crescimento permanece aberta, mas exige escolhas difíceis.