Este livro aborda com vigor e sensibilidade a relação entre literatura e política na América Latina, a partir da leitura das crônicas escritas pelo cubano Martí em Nova Iorque. Frente a um mundo que experimenta uma revolução tecnológica sem igual no século 19 e coloca em crise os valores que asseguravam o ordenamento estético e cultural da vida, o escritor é obrigado a reinventar seu lugar no mundo da racionalidade tecnológica e do mercado, apelando para o discurso da crise e da autonomia literária, no interior do jornal, que aparece como o refúgio possível onde poderá, enfim, se reencontrar com sua atividade criadora.