Utilizando o referencial teórico da psicologia sociohistórica, a pesquisa apresentada neste livro permite compreender o processo contraditório vivido pelos jovens de determinado assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST) na constituição das suas identidades. Para além do estudo de caso, a autora revela que a produção das identidades é um processo político, em que a construção de uma representação e de um sentido de si ocorre na luta de classes, quando diferentes significados se confrontam, determinadas identidades sociais são negadas, esquecidas, desqualificadas e outras reconhecidas e reafirmadas, provocando, no sujeito que se constitui, um intenso processo de negociação interna de sentidos.