"Sem desprezar as fontes clássicas dos estudos históricos, [a autora] toma a fotografia como condensadora de elementos que podem estar tecendo mediações importantes na leitura e no resgate da memória histórica sobre o mundo do trabalho e as condições de vida dos trabalhadores. A densidade da fotografia está na sua virtualidade de poder revelar, ao mesmo tempo, dimensões científicas, artísticas e técnicas na reconstrução e entendimento de um fato histórico. Um trabalho que prima pela densidade tanto no processo de investigação quanto pela exposição. Daí advém uma contribuição singular tanto no plano dos resultados da pesquisa quanto no âmbito metodológico." (Gaudêncio Frigotto) "Ao rigor da discussão teórica é adicionado um quadro contextual que embasa a organização das séries fotográficas sobre o mundo do trabalho, no Brasil do início do século XX. Um mundo, ainda em transição, surge nas fotografias e, através de seus detalhes e indícios, permite-nos desvendar a especificidade do ingresso do Brasil na lógica da cultura ocidental capitalista. Imagens que enquadram as obras e feitos do poder, mas que deixam entrever elementos do cotidiano social dos trabalhadores no Rio de Janeiro das reformas urbanas." (Ana Maria Mauad)