A Princesa de Babilônia é uma minúscula obra em extensão concreta, mas de imensa amplitude por sua profundidade na reflexão. A ser lida e relida, não somente por sua beleza literária, mas também pela maneira atraente como trata todos os temas sociais, políticos e religiosos abordados. Bem ao gosto de Voltaire, a Princesa de Babilônia é uma história que se desenvolve no Oriente. História de amor e de aventura, rica de divertidas hipérboles e de impensáveis ocorrências, misturando realidade com imaginário popular. Na verdade, o contexto histórico oriental é um simples pretexto de Voltaire para escrever um pouco da história da Europa de seu tempo, relembrando, segundo seus interesses do momento, épocas passadas. Não somente isso, mas traça ainda perfis de comportamentos de povos europeus, de quase todos eles camuflados sob nomes e designativos diversos.