O corpo na rua e o corpo da rua são duas realidades distintas que se configuram no âmbito das representações sociais de meninas que vivem na rua. A primeira expressa a autopercepção que elas têm de si próprias. Já a segunda remete à figura da prostituta que procuram tirar do seu universo. No entanto, em ambas as representações, revela-se a violência sexual. Assim, elas seguem um script comum no cenário social. Em torno do debate sobre a prostituição infantil o autor tece considerações acerca do processo saúde-doença ligado á sexualidade e à violência. A articulação desses aspectos quer contribuir para uma discussão da temática central da obra, segundo uma perspectiva interdisciplinar e multiprofissional.