\'Quem passa ou passou fome não esquece, e seu olhar sobre o alimento ganha uma feição diferenciada. É em busca dessas marcas gravadas na pele e no pensar dos que passam fome que a Profª Maria do Carmo arrisca-se a penetrar nos labirintos de uma comunidade de Salvador e exercita com maestria a técnica e a arte de escutar as pessoas. Com esse tratamento, consegue mostrar um lado geralmente oculto do fenômeno: a voz do faminto.\' - Ana Maria de Carvalho Luz.