Desde Freud, a psicanálise aponta que a violência é, enquanto fundadora da civilização, determinante da subjetividade. O homem da cultura é herdeiro e cúmplice de um crime, fato que tenderá a ser negado e perpetuado por toda a humanidade. As vicissitudes do complexo edípico retomam, na constituição da subjetividade de cada um, toda essa contradição. Nesse paradigma clássico já temos elementos que levam a pensar na questão da violência como elemento fundante da subjetividade.