Este livro trata das relações entre Direito e Literatura, examinando se os textos literários podem (e até que ponto podem) auxiliar a compreender a doutrina jurídica como expressão de mentalidade e elemento formador do Nomos, o universo normativo em que vivemos. Impulsionados por obras clássicas da Literatura - de Sófocles aos contos borgianos, das tragédias shakesperianas a Alice no País das Maravilhas, de Proust a Dyonélio Machado - os co-autores deste livro, buscam saber o que há por detrás dos grandes conceitos com que laboram as leis e a doutrina: culpa e família, contrato e tempo, risco e mercado, dívida e crédito, propriedade e personalidade, âncoras que fixam as narrativas literárias e as jurídicas, porque o universo normativo é, também, um universo narrativo: normatizar é inseparável do narrar.