Erico Verissimo oferece sua versão da história do Brasil por meio das peripécias de um jovem índio capaz de vencer o tempo e a morte. Amigo de Anchieta, de Tiradentes e de José do Patrocínio, Tibicuera fornece o testemunho vivo e presente da história"Aqui estão as aventuras de Tibicuera, contadas por ele próprio. O herói narra sua fabulosa viagem através do tempo, que começou numa taba tupinambá, antes de 1500, e terminou num arranha-céu de Copacabana em 1942." Assim Erico Verissimo apresenta sua versão da história nacional, publicada em 1937 com o objetivo de fazer frente ao nacionalismo ufanista do Estado Novo. Logo no início, o herói recebe dois presentes do pajé de sua tribo: o apelido Tibicuera, que significa "cemitério" em sua língua, e o segredo da eterna mocidade. Trata-se de uma mistura de fato e ficção que ensina, além de divertir, ao possibilitar que a história se desenrole - conforme diz Tibicuera - como "um romance de aventuras que se passa na Terra e tem como personagem principal a Humanidade".