Fruto de uma premiada tese de doutorado, o livro investiga a construção institucional do Museu Paraense Emílio Goeldi no contexto das transformações sociopolíticas decorrentes da passagem do Império para a República. Defende o argumento de que o regime republicano e o sistema federativo foram marcos fundamentais para a trajetória do Museu e sua consolidação no cenário científico, especialmente sob a administração do cientista suíço Emílio Goeldi, de 1894 a 1907. A partir de fontes documentais variadas, algumas inéditas, analisa criticamente temas como os projetos modernizantes locais, as mudanças institucionais, o contato entre gerações de intelectuais e o discurso cientificista da nova elite dirigente do Pará. Oferece um panorama da enorme produção científica do Museu e da grande diversidade de temas e disciplinas estudadas por Goeldi e seus colegas. Destaca os trabalhos de Goeldi em ornitologia, entomologia médica e etiologia da febre amarela; seus estudos evolucionistas; sua interlocução com o Museu Britânico; e sua atuação diplomática.