Trata-se de um livro necessário à academia e à sociedade, pois, decorridos cento e trinta anos da abolição formal da escravidão e três décadas da promulgação da Constituição de 1988 que reconheceu os direitos territoriais dos remanescentes das comunidades de quilombos, ainda são poucos na área jurídica os que se debruçam sobre a dura realidade na qual vivem milhares de quilombolas no Brasil. Este livro reforça a pesquisa a respeito dos direitos humanos dos quilombolas e trata do caso das comunidades negras de Mata Cavalo, que até os dias atuais sofre com o descaso do poder público. De maneira singular, a autora busca nas raízes históricas do processo de escravização do negro no Brasil a compreensão da construção de uma sociedade com viés escravocrata cujos resquícios permanecem até os dias atuais.