O chargista André Gill resumiu admiravelmente o sorrateiro e corrosivo trabalho da censura em uma das suas charges mais famosas, publicada em pleno período de Ordem Moral no diário LEclipse, em julho de 1874. Sob o título Madame Anastasie, via-se uma velha horrenda, com lentes grossas nos óculos de míope e uma corneta acústica. Carregando uma enorme tesoura e acompanhada por uma coruja, símbolo da noite, a grande sacerdotisa da castração das artes e das letras era assim apresentada como cega, surda e cometendo seus crimes nas sombras da noite