[...] O avanço tecnológico e as novas possibilidades de interação social não modificam somente o processo de apreensão de informações, mas modifica qualitativamente as possíveis situações de aprendizado, alterando a dinâmica política e ampliando as possibilidades de discurso. Parece-me que a consolidação deste quadro também torna mais claro o caráter imprescindível da pesquisa na constituição de situações de aprendizado, da problematização como estratégia de produção e apreensão de novos conhecimentos. Por óbvio, este contexto também recoloca o desafio de se fazer uma universidade, do papel de ser professor e do modo como a tecnologia e a economia interferem no social. As produções presentes neste livro buscam debater este cenário com pertinência, sem perder-se na nostalgia da trajetória passada, mas com a consciência de que o caminho trilhado foi exitoso e já modificou o presente e o papel esperado de cada ator social. É a partir desta historicidade e deste presente que nos é permitido questionar: Qual o novo papel que se coloca para uma universidade comunitária, ao professor universitário e quais as formas de intervenção que podem ser utilizadas por todos os seus programas stricto sensu? A leitura deste livro traz como proposta auxiliar na revisão de convicções históricas e a construção de novas alternativas de discussão da educação na perspectiva de um conceituado programa de Pós-Graduação que não se cansa de reafirmar seu compromisso com um projeto de desenvolvimento de cunho humanista.