Dividida em três capítulos temáticos, a obra inicia seu percurso ao retratar a existência de uma crise que circunda todo o sistema de justiça criminal tradicional e denuncia a necessidade de estabelecimento de novos paradigmas para a solução de conflitos em matéria penal. Amparado nesse propósito, Vilobaldo Cardoso Neto faz um convite ao leitor para uma troca de lentes, apresentando a Justiça Restaurativa e enfatizando que esta se reveste das características necessárias à ruptura com o paradigma retributivo. Em seguida, alheio a romantismos, o autor analisa criticamente o panorama da Justiça Restaurativa no Brasil, das inovações normativas aos principais projetos implementados até então pelo Judiciário, de modo a averiguar quais são os obstáculos e as possibilidades para a construção de um modelo viável para o país. Em síntese, este livro representa o empreendimento do autor pelo reconhecimento da Justiça Restaurativa como uma legítima modalidade de resolução de conflitos, capaz de projetar uma nova concepção a respeito do crime e da justiça, através de ideais de humanidade, fraternidade e não-violência.