A Sociedade do Sonho: Comunicação, Cultura e Consumo (...) discute, com rara desenvoltura crítica e maturidade intelectual, as teorias que tentam explicar o campo de consumo. Nesta discussão, Everardo Rocha revela como o chamado pensamento selvagem, aquela forma de classificar o mundo que faz apelo aos animais, plantas e sentimentos permanentes, bem como a suportes classificatórios tradicionais como as distinções de sexo e idade, continua operando e imperando no nosso mundo a jato, tocado a CDs e TV a cabo. Como se cada ciclo universalizador fosse, de fato, um outro modo de combinar e trocar de lugar certos elementos e estruturas. Afinal de contas, não é precisamente essa inusitada capacidade combinatória - dimensão singular da condição humana - que constitui a boa história, o bom filme, a marca de sucesso, a música que embala, o mito e o sonho? Roberto DaMatta