Romance histórico sobre a lendária e polêmica rainha Nefertite, mulher do faraó Aquenáton. Nefertite (1380-1345 A.C.) viveu durante a 13ª. Dinastia do antigo Egito e foi contemporânea de Moisés, que liderou a fuga dos hebreus do Egito. Foi uma das mais belas e polêmicas mulheres de todos os tempos. Adorada por seu povo como uma deusa, enfrentou os sacerdotes e estimulou o marido, o faraó Aquenáton, a criar um único Deus para o Egito – Aton, o deus-sol –, jogando por terra todos os outros. Os sacerdotes, fonte de grande poder na 13ª. dinastia do antigo Egito, odiaram-na de tal forma que podem ter profanado o seu sarcófago, para ferir sua múmia. A história se desenvolve no meio de casamentos divinos, incestos nas famílias reais, usurpação de poder, assassinatos e cenas que a Bíblia também imortalizaria. Jacqueline Dauxois – que trabalhava como jornalista e professora em Paris, antes de seus livros fazerem sucesso – baseia-se, em seu romance, nas evidências históricas, documentos e registros descobertos e decifrados ao longo do tempo, mas também envereda por hipóteses polêmicas, como a de que Nefertite e Smenka-Rá, co-regente do sucessor de Aquenáton, seria a própria Nefertite, governando por ele. E que, portanto, seria ela mesma o faraó da Bíblia. Soma de hipóteses, a narrativa de Dauxois, de leitura rápida, leve e apaixonante, fascina o leitor já nas primeiras páginas. Ela acompanha o desenvolvimento físico, intelectual e artístico de Nefertite, que se revela perspicaz, firme e sedutora desde a infância. Não temia nada nem ninguém. Aos 10 anos, ela já dançava seminua sobre a mesa de banquete, fascinando e enlouquecendo quem a via. Ela chegou com essa idade ao harém do então faraó Amenotep III. O busto de Nefertite, cuja beleza divide com a Monalisa, de Leonardo Da Vinci, a magia de um sorriso enigmático, é um dos mais famosos da arqueologia egípcia e está hoje no Museu Egípcio de Berlim, na Alemanha. A múmia dela foi profanada de tal forma que chegaram a destruir seu maxilar, com golpes violentíssimos, num gesto que os egiptólogos atribuem ao enorme ódio que os sacerdotes lhe dedicaram.