Pressionado pelo pai para começar a trabalhar, um jovem deixa sua cidade, a família e a namorada, e parte para a pequena Pontedera, na Itália, onde arrumara emprego como funcionário de uma estação de trem. Ao longo do tempo em que passa longe, mantém um diário e se corresponde frequentemente com a amada. Esse episódio da vida do escritor italiano Federigo Tozzi (1883-1920) é também o mote do seu breve romance Memórias de um empregado, inédito no Brasil. Tido como um dos nomes mais importantes da literatura italiana do século XX, Tozzi é comparado por críticos a Luigi Pirandello e Italo Svevo. Sua obra permanece, entretanto, pouco conhecida pelos brasileiros.