Certamente o exercício crítico de qualquer campo de saber não deve ser pensado como o confronto entre desconstrução e construção, como se houvesse uma linha divisória entre pensadores consagrados e pensadores proscritos. Sem dúvida, somos partidários da ideia de que qualquer exercício de pensamento é crítico, e de que um projeto de construção conceitual não ocorre fora ou além de uma tradição de pensamento, pois essa tradição não é um bloco unívoco. [...] Eis a premissa que encaminha os escritos deste livro: os conceitos produzidos pelos autores partem de problemas que guiam seus estudos, isto é, a dimensão problemática é o pórtico para a produção de sentidos dos vários conceitos produzidos. Vale lembrar que, em qualquer campo teórico, e ainda mais quando se trata de um campo interdisciplinar como o da memória social, há sempre uma escolha a ser feita, e é esta a razão da reunião dos capítulos desta obra, que refletem, pari passu, a reflexão crítica de seus autores. Cabe