Eufrásia foi uma mulher diferente das sinhazinhas de sua época. Senhora de seu destino, numa época em que as mulheres ainda viviam sob o julgo de seus pais, maridos e da sociedade. Era bela, autoritária, independente, refinada, culta, apaixonada e solitária. A história das famílias (materna e paterna), os eventos políticos que marcaram a rica época cafeeira e a tensão escravagista, a vida num palacete em Paris, a intensa paixão pelo abolicionista Joaquim Nabuco, o apego à Casa da Hera (hoje Museu no interior do Rio de Janeiro), onde passou a infância e juventude, a eficiência e habilidade com que conduzia os negócios e o inusitado testamento foram objeto de minuciosa pesquisa das autoras durante anos. Sem herdeiros diretos, deixou em testamento sua imensa fortuna para construção e manutenção de instituições assistenciais no Brasil, principalmente nas áreas de educação e saúde. Como Eufrásia conseguiu escapar do tradicional papel feminino que a esperava?