Nos contos d'O estranho hábito de dormir em pé a crítica política e social é sempre apresentada por meio de uma alegoria poética desconcertante que nos aproxima dos mistérios da vida e, no entanto, só nos permite intuir, jamais compreender. Em todos os contos do livro há um clima de indagação filosófica e de aguda reflexão sobre a inutilidade do poder. Num mundo mecânico e opressivo, Paulo Sandrini representa a encarnação da anti-retórica e da dignidade.