Para mim, a questão dos tempos se resume a uma questão prática a respeito da condução da vida. Como devo viver? Logo nos primeiros passos para realizar nossos desejos deparamo-nos com limitações intransponíveis. Mas, se devemos aceitar o destino, não somos por isso menos levados a afirmar a liberdade, a importância do indivíduo, a excelência do dever, o poder do caráter. A revelação do pensamento tira o homem da escravidão e o liberta. A respeito de nós mesmos, podemos dizer corretamente que nascemos, e depois nascemos novamente, e assim inúmeras vezes. Passamos por sucessivas experiências significativas, as novas sobrepõem-se às antigas. Conforme os homens avançam na vida, adquirem outra maneira de ver as coisas, assim como novos critérios; uma intuição que despreza o que é feito para agradar o olhar, e ouvidos que não escutam o que dizem os homens, mas atentos ao que eles não dizem.