O cotidiano é permeado por diferentes expressões da questão social movimento e reprodução indelével da marca da miserabilidade humana, que de forma geracional perpetuam as feridas de uma sociedade adoecida, empobrecida historicamente não somente de recursos mas principalmente de valores; nas relações baseadas na exploração e no aviltamento dos mais vulneráveis, que sujeitos a tamanha desigualdade são, na contemporaneidade, o que podemos qualificar de um grande exército de excedentes, não pertencentes, ao mundo capital e globalizado, sujeitos que desalentados sobrevivem por sobreviver. E daqueles que não foram engolidos ou não se renderam ao sistema e seguem na luta diária pela garantia dos seus direitos em meio às tensões próprias que são impostas por esta relação de conflito com uma sociedade excludente e hipócrita. Nestes poemas, observa-se e desvela-se o retrato da realidade na perspectiva histórica e crítica dessas relações, e de uma fração da população que segue sendo (...)